A alta ingestão de gorduras saturadas e colesterol podem aumentar o LDL-colesterol, fator indutor da aterosclerose, o que se relaciona com as doenças cardiovasculares. Como o óleo de coco é constituído principalmente por gordura saturada, há uma certa desconfiança sobre a sua real segurança para a saúde. Mas o fato é que o óleo de coco é formado por uma gordura de cadeia média, isso faz com que essa gordura seja absorvida mais rapidamente, indo para o fígado e sendo facilmente metabolizada para gerar energia; ao contrário de outras gorduras – de cadeia longa – que possuem uma via mais complexa de metabolização.
Explicando melhor: uma gordura saturada de cadeia longa vai ser absorvida pelo intestino, viajar pela corrente sanguínea, para só depois chegar ao fígado. Já a gordura saturada de cadeia média (que é o caso do óleo de coco), é absorvida no intestino e vai direto para o fígado, como citado anteriormente. E essa diferença de percurso faz com que aquela gordura de cadeia longa tenha a chance de se depositar nos vasos sanguíneos; por isso que, apesar de ser fonte de gordura saturada, o óleo de coco não é visto como um vilão para a saúde cardiovascular. Ou seja, o óleo de coco tem associação de menor risco para doenças cardiovasculares, tendo ainda associação com redução de gordura corporal (mas isso aqui vale muito mais para pessoas fisicamente ativas, quando o óleo de coco é usado como recurso energético, propiciando a realização de uma atividade que vá gerar um gasto energético benéfico para o emagrecimento).
Agora, é muito importante dar preferência ao óleo de coco virgem (mais saudável) e com maior preservação dos componentes benéficos (exemplo: ácido gálico, cujo tem ação antioxidante), ao invés de um óleo de coco refinado. Dica: você pode encontrar ele sendo designado como ‘’óleo de coco virgem’’ ou ‘’óleo de coco extravirgem’’. Ó óleo de coco é uma opção viável para se utilizar em temperaturas aumentadas, como nos processos de assar e fritar (não podemos esquecer que se trata de uma gordura e, como tudo, deve ser usado com cautela). Mas também é possível usar na forma crua (‘’in natura’’), ou, ainda, na forma de cápsulas. Consulte seu Nutricionista.
Abaixo, uma referência sobre o óleo de coco virgem:
Babu AS, et al. Virgin Coconut Oil and Its Potential Cardioprotective Effects.
Clinical Focus: Thrombosis and Cardiovascular Medicine, 2014.